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O uso do cloro na água de abastecimento público é uma prática comum em várias partes do mundo, sendo um dos métodos mais eficazes para garantir que a água seja segura para o consumo humano. Apesar de sua importância no combate a doenças, ainda existem dúvidas sobre seus efeitos e a quantidade segura para consumo. Neste post, vamos explorar a função do cloro na água, seus benefícios, possíveis riscos e o que a legislação brasileira diz sobre o assunto:
1. O que é o cloro?
2. Para que serve o cloro na água?
3. Quais são os níveis seguros de cloro na água?
4. O cloro na água pode fazer mal à saúde?
5. Como o cloro afeta o sabor e o cheiro da água?
6. O que a legislação brasileira diz sobre o uso do cloro na água?
7. Como monitorar a qualidade da água em casa?
8. Conclusão
O cloro é um elemento químico que pertence à família dos halogênios e é amplamente utilizado como agente desinfetante. Sua forma mais comum no tratamento de água é o hipoclorito de sódio, um composto que, quando dissolvido em água, libera ácido hipocloroso (HClO), responsável pela ação desinfetante.
Quando o cloro é adicionado à água, ele reage com microrganismos patogênicos, como bactérias e vírus, destruindo suas estruturas celulares e impedindo sua proliferação. Dessa forma, o cloro é extremamente eficaz na prevenção de doenças de veiculação hídrica, como cólera, febre tifoide e disenteria.
O principal objetivo do uso de cloro na água é desinfetá-la, garantindo que ela esteja livre de microrganismos nocivos. A prática de cloração da água começou no início do século XX e revolucionou a saúde pública, reduzindo drasticamente a incidência de doenças veiculadas pela água.
Os principais benefícios da adição de cloro na água são:
● Eliminação de bactérias, vírus e outros patógenos: o cloro é eficaz contra uma ampla variedade de microrganismos que podem causar doenças graves.
● Prevenção de contaminações futuras: mesmo após o tratamento inicial, o cloro residual (que permanece na água) continua a proteger o sistema de distribuição contra novas contaminações.
● Facilidade de aplicação: o cloro é fácil de aplicar, seja em grandes estações de tratamento ou em sistemas menores de abastecimento.
Embora o cloro seja essencial para desinfetar a água, é importante que suas concentrações sejam controladas para garantir que ele não prejudique a saúde humana. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e o Ministério da Saúde no Brasil determinam qual a concentração de cloro livre residual na água para consumo humano.
Esses níveis são considerados seguros e eficazes para a desinfecção sem causar danos à saúde. Concentrações acima dos limites estabelecidos podem resultar em um sabor desagradável da água ou até mesmo efeitos adversos à saúde.
A ingestão de água clorada dentro dos níveis recomendados pelas autoridades de saúde é segura e não traz riscos significativos à saúde. No entanto, existem algumas questões que geram preocupação, principalmente em relação à formação de subprodutos da cloração.
Quando o cloro reage com a matéria orgânica presente na água, ele pode formar compostos chamados trihalometanos (THMs) e outros subprodutos de desinfecção. Estudos indicam que a exposição prolongada a altas concentrações de trihalometanos pode estar associada a riscos aumentados de câncer e outros problemas de saúde, como doenças no fígado, rins e sistema nervoso.
É importante destacar, no entanto, que os níveis de THMs são rigorosamente monitorados nas estações de tratamento de água e que o risco de exposição excessiva a esses compostos é muito baixo, desde que a água esteja sendo tratada e monitorada adequadamente.
Um dos efeitos colaterais mais notados da cloração da água é o sabor e o cheiro característicos que o cloro pode deixar na água. Esse efeito é mais comum quando o cloro é adicionado em concentrações mais elevadas ou quando o sistema de distribuição da água é extenso, fazendo com que o cloro residual permaneça mais tempo.
Embora o sabor e o cheiro do cloro possam ser desagradáveis para algumas pessoas, eles não representam riscos à saúde dentro das concentrações permitidas. Algumas formas de reduzir essa sensação incluem o uso de filtros de carvão ativado, que são eficientes para remover o cloro residual da água.
No Brasil, o uso do cloro no tratamento de água é regulamentado pela Portaria GM/MS nº 888, de 4 de maio de 2021, que estabelece os padrões de potabilidade da água. As companhias de abastecimento são obrigadas a monitorar regularmente a concentração de cloro na água distribuída e a garantir que os parâmetros estabelecidos estejam sendo cumpridos.
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O cloro desempenha um papel crucial na desinfecção da água, tornando-a segura para o consumo humano. Sua eficácia no combate a patógenos e na prevenção de doenças é inegável, mas é necessário monitorar suas concentrações e os possíveis subprodutos resultantes do processo de cloração. Seguindo as regulamentações e padrões de qualidade, como os estabelecidos no Brasil, a água clorada permanece segura e benéfica para a saúde pública.
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