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Nos últimos dias, moradores de Porto Alegre contando problemas com a qualidade da água fornecida, apontando o cheiro e o gosto oferecido. A situação tem causado grande preocupação, especialmente para quem utiliza a água para consumo diário, como preparar alimentos e até mesmo o chimarrão tradicional, uma parte essencial da cultura gaúcha.
Mas o que pode estar causando essa alteração na água? Será que há riscos para a saúde? Quais são as precauções que os órgãos responsáveis estão tomando? Vamos entender melhor essa situação.
De acordo com os relatos, a água distribuída em alguns bairros da capital gaúcha apresenta um odor forte e um sabor estranho, levando muitos consumidores a evitá-la. Esse tipo de problema geralmente está associado a alterações na composição da água bruta captada dos mananciais e pode ser influenciada por fatores ambientais e climáticos.
Entre os principais fatores que podem causar alterações no cor, odor e sabor da água, destacam-se:
Proliferação de algas e cianobactérias: O calor intenso e o aumento de matéria orgânica nos rios favorecem o crescimento desses microrganismos, que podem liberar substâncias responsáveis pelo gosto e cheiro encontrado.
Baixo nível dos reservatórios: Em épocas de estiagem, a concentração de compostos na água tende a aumentar, influenciando suas características sensoriais.
Interferências no tratamento da água: Mudanças na dosagem de produtos químicos ou no próprio processo de purificação podem afetar o sabor da água.
Contaminação por esgoto ou resíduos industriais: Ainda que menos comuns, falhas na coleta ou na rede de distribuição podem permitir a entrada de impurezas.
Apesar do desconforto causado pelo cheiro e pelo gosto, as autoridades responsáveis pelo abastecimento garantem que a água continue dentro dos padrões de potabilidade exigidos pelos órgãos reguladores, como a Portaria GM/MS nº 888/2021 do Ministério da Saúde. Isso significa que não há risco direto à saúde, já que os padrões microbiológicos e físico-químicos são atendidos.
No entanto, é claro que a população está preocupada, já que a alteração na qualidade sensorial da água pode impactar diretamente sua acessibilidade para consumo.
Diante das reclamações, o Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE) informou que está monitorando a situação e tomando medidas para corrigir a qualidade da água distribuída. Algumas ações que podem ser observadas incluem:
Ajustes no tratamento da água, como mudanças na dosagem de produtos químicos para eliminar substâncias causadoras de odor e sabor indesejáveis.
Descarga e limpeza das redes de distribuição, para garantir que a água tratada chegue aos consumidores com mais qualidade.
Monitoramento contínuo da água bruta, avaliando a presença de algas, cianobactérias e outros contaminantes.
Enquanto o problema persistir, algumas alternativas podem ajudar a reduzir o impacto do sabor e do cheiro na água consumida:
Utilize filtros de carvão ativado, que ajudam a remover substâncias orgânicas e melhorar o sabor da água.
Deixar a água na geladeira antes do consumo, pois temperaturas mais baixas são adequadas à percepção de odores.
Ferver a água, que pode ajudar a eliminar compostos voláteis responsáveis pelo cheiro.
Relatar problemas à entrega para que medidas sejam tomadas de forma mais rápida e eficiente.
A água é um recurso essencial para a vida e a sua qualidade deve ser garantida para todos. Embora as mudanças recentes em Porto Alegre não representem um risco imediato à saúde, elas afetam diretamente o dia a dia da população e precisam ser resolvidas com agilidade.
Se você notou mudanças na água de sua região, não deixe de comunicar o problema aos órgãos responsáveis. Quanto mais informações forem compartilhadas, mais rápido será possível encontrar soluções e garantir que a água chegue com qualidade e segurança às torneiras dos porto-alegrenses. 💧